sábado, 3 de setembro de 2011

Comércio eletrônico não encontra profissionais qualificados

Mercado em expansão abre oportunidades para quem tiver uma visão geral do negócio

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 30/08/2011
sylvia@mundodomarketing.com.br

 O aquecimento do comércio eletrônico brasileiro abre cada vez mais oportunidades para os profissionais. Hoje, no entanto, o mercado enfrenta o desafio de encontrar pessoas qualificadas para ocupar as vagas oferecidas, que pagam salários de até R$ 12 mil. As escolas tradicionais de graduação e formação profissional ainda não conseguem formar profissionais para atender a crescente demanda, deixando a tarefa a cargo das empresas.
Manter a sustentabilidade do negócio é outra dificuldade para os varejistas na internet. De acordo com uma pesquisa realizada pela Ecommerce School, entre janeiro e agosto de 2011, há 23 mil lojas virtuais no Brasil. Mas, deste total, apesar do crescimento de 24% das vendas do e-commerce no primeiro semestre de 2011, em relação ao mesmo período anterior, de acordo com a e-bit, apenas 30% estão ativas, ou seja, investem em divulgação e realizam ao menos 10 vendas por mês. A estimativa é que, até 2014, o número chegue a 45 mil e a proporção de lojas ativas se mantenha.
Entre os principais obstáculos para o desenvolvimento ainda maior dos varejistas virtuais estão a falta de conhecimento e planejamento. “Um grande erro é a escolha da plataforma, que deve caber no orçamento e não gerar um custo fixo elevado. Hoje há desde opções gratuitas, até as que custam R$ 200 mil. Saber definir é fundamental para o sucesso”, conta Mauricio Salvador, fundador, coordenador e sócio da Ecommerce School, em entrevista ao portal, lembrando que é possível abrir uma loja online com menos de R$ 50,00 por mês.

Salários acima de R$ 5 mil
Com o alto índice de rotatividade no mercado, a solução para manter um funcionário são os bônus mais agressivos no atingimento de metas, principalmente no caso de empresas de médio e grande portes. A pesquisa indicou que 21% dos profissionais de e-commerce recebem entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, 19% entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, 7% de R$ 8 mil a R$ 12 mil e 8% acima de R$ 12 mil. A maior parte (28%), no entanto, recebe entre R$ 1 mil e R$ 3 mil e 5% chegam a ganhar menos de R$ 1 mil.
Em relação ao grau de entendimento dos gerentes de e-commerce, o atendimento ao cliente é a atividade mais dominada pelos profissionais, com 21% tendo afirmado ter “muito conhecimento”. Em seguida, aparecem técnicas de vendas (20%) e Marketing Digital (19%). O atendimento também é considerado como uma atividade prioritária para quem deseja trabalhar como gerente de e-commerce, citado por 79% como “muito importante” e 14% como “importante”.
“Os profissionais de e-commerce consideram muito importante ter conhecimentos no atendimento ao cliente e no Marketing Digital. Por outro lado, quando avaliamos as atividades que mais conheciam, a parte de expedição, logística e gestão financeira mostrou-se uma fraqueza, o que acaba se refletindo no mundo real. Hoje, o maior índice de reclamações no e-commerce é por causa de logística”, lembra Salvador, autor do livro “Como abrir uma loja virtual de sucesso”.

-----> confira: http://www.mundodomarketing.com.br/16,20311,comercio-eletronico-nao-encontra-profissionais-qualificados.htm

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