sexta-feira, 22 de abril de 2011

MuNdOoOo SusTeNtáaaVveLL....

Por Andréa Ramos,
para a disciplina da Moda e Sustentabilidade.

Nossa sociedade se desenvolveu com a tese de que as riquezas naturais são infinitas, por isso só no final do século XX surgem termos como sustentabilidade e consciência ecológica, como conseqüência é perceptível uma influência direta na cultura, rotina e principalmente em crises sociais.
Em 1945 o progresso, a visão de mundo em evolução sofre um declínio diante de um egoísmo latente, de uma suposta necessidade de mostrar seu poder, brincar que é capaz de ser Deus, com as bombas de Hiroshima e Nagasaki, ocasionando terror, mortes e danos ambientais gravíssimos e suas conseqüências foram sentidas por anos, repassando de geração em geração.
Todavia sem sombras de dúvidas fizemos muitos feitos ao longo dos anos, em 1963 inaugura-se o primeiro hipermercado no Brasil, voltado a uma sociedade consumista, baseado nos modelos americanos com muita iluminação, cores chamativas, carrinhos que facilitem a compra, sendo assim que o Carrefour entrou no mercado brasileiro e deu origem a criação de tantos outros; em 1969 chegamos a lua sendo esse a grande realização do século passado, onde é possível ver a terra como um grande espelho azulado, lindo, brilhante em um universo que vive na penumbra.
Mas em 1986 voltamos no tempo, com o desastre de Chernobil, o qual rompe fronteiras através de uma ameaça invisível, se tornando o desafio global da década de 80; mas a degradação do meio ambiente, o acumulo de doenças e mortes causadas, foi significativa para um mundo que julga ser tão evoluído;
Como resultado, hoje existe uma sociedade altamente consumista, egoísta e individualista, que coloca sempre em primeiro lugar o bem-estar sem mostrar preocupação com o meio. Embora se fale muito de mundo sustentável no outro lado da balança encontram-se os bens econômicos. Onde não se busca verificar os danos que toda essa parafernália de ações ao longo dos anos foi construindo no mundo de hoje, porque visando o lucro não há preocupação em analisar os reais danos ambientais e suas principais conseqüências na vida humana.
Nossas florestas estão desaparecendo para dar espaço a investimentos de maior lucratividade, em tese poderia dar certo, se nós não precisássemos de oxigênio, equilíbrio, de um ecossistema entre outros fatores para sobreviver. As florestas que não são destruídas por ações humanas diretas, sofrem agressões por chuvas ácidas, que nós mesmos provocamos através das poluições geradas pelas grandes fábricas que alimentam o consumismo.
Então como implantar projetos sustentáveis em uma sociedade que não pensa de modo sustentável? Como é possível trabalhar com mentes que não sabem o sentido de sustentabilidade? Tarefa difícil essa, visto que o planeta e as pessoas, que deveriam ser os mais protegidos, são os mais prejudicados, a natureza é sacrificada para manter um padrão de vida que é imposto pelos bombardeios da mídia para adquirirmos produtos novos, modernos, clean que ficam obsoletos numa velocidade cada vez maior, e na maioria das vezes não sabemos nada sobre o procedimento de criação do produto, ou simplesmente não precisamos dele e acabamos adquirindo para não nos transformar em alvos de chacota.
Na tentativa de mudar essa idéia e adicionar valores que façam uma real diferença, cresce o número de ONGs que buscam meios para o crescimento de uma economia que possua uma base sustentável, através e idéias simples, de trabalho em equipe, até mesmo através de uma ação de alerta como a WWF, que realizou recentemente a hora do planeta, chamando a atenção para um problema real enquanto ainda é possível melhorar esse quadro; e o próprio governo mesmo que de forma cautelosa, começa reconhecer e introduzir idéias de ação, inicialmente, para jovens e adolescentes por meio de disciplinas voltadas para questões ambientais, e estímulo de criação de projetos que visem algum beneficio ao planeta.
Outro nicho de mercado esta sendo encontrado por grandes empresas, que está vendo na sustentabilidade um mercado promissor, um novo método de agregar valor e desenvolvendo um marketing verde, verificando que é possível ter lucros sem agredir o planeta, já que foi constatado que as pessoas estão dispostas a pagar até 20% a mais do valor do produto, se este tiver uma base sustentável. Vale salientar o caso da Pepsi a qual adquiriu uma estratégia de marketing na mídia bem interessante, realizando uma espécie de troca com gastos publicitários por projetos socioeconômicos, através de um concurso onde o melhor projeto apresentado ganha um determinado valor para colocar projeto em prática, isso não quer dizer que a Pepsi não tenha mais campanhas publicitárias, mas que encontrou um diferencial na maneira de fazê-lo, que possui um punho sustentável a custos menores para empresa, além de agregar valor a marca ajuda o planeta.
Em suma é de bastante interesse que as pessoas sofram bombardeios diários dos mais variados meios de ações como a da WWF para que se adquira uma real consciência sustentável, para que essa palavra, não seja apenas uma palavra e sim parte integrante fundamental para a realização das atividades do cotidiano. Para que possuam o poder de analisar o que esta comprando e que compre por real necessidade, não por mero consumismo, que vise dar valor as marcas de real marketing verde, marcas que realmente brigam por um meio ambiente saudável. Que sejamos capazes de sermos críticos, observadores e principalmente de poder cooperar diariamente para a vida no planeta.